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Livros
Poemas de meio-fio, 2020. 2ª edição.

No mesmo engano, cumpria alimentar o meio. Sempre tinha um oco que cabia preenchimento.
Passou a se acostumar com toda aquela solidão. Muitas vezes frio e outras quente, observava de longe o aceno da caneta. Muita gente o observou, mas de pronto caiu no esquecimento.
Toda a roupa virou trapo. A aparência se tornava velha e continuava seguindo aquele fio, mesmo no meio, atentando a manter a margem intacta.
Outros virão o substituir quando nem mesmo de longe puder ser visto, mas no fundo uma sensatez justifica tudo o que foi dito. Tudo o que foi feito.
Ninguém sabia se de fato esse era o seu propósito. Porém, parecia que até aquele instante se fazia tarefa cumprida.

Capa Poemas de meio-fio, 2009.
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